Trincheira Campineira de Tragos e Tiros

Amor anormal de um vocativo temporário que me chama à guerra.

Há duas forças opostas dispurando a vitória? O buraco que chama a cair e minha mão que lhe ofereço a sair e andar.

Os revólveres, as metralhadoras, as dinamites ou a bomba atômica... meu medo é muito maior que as armas que um homem pode usar, é pior que destruição em massa.

Fim de semana de ver os tiros que lhe dessem prazer em morrer mais um pouco: letárgico solvente, dissipando flores brancas, cheirosas ou fedidas. Eu não sei!

Eu só sei que eu vi. Vi uma guerra imperceptível a olho nu. Eu me vi no meio de uma trincheira e permaneci inabalável a cada estrondo dos sussuros ou gritos de quem se entrega à batalha por prazer e fraqueza.

Nossos tragos, los tragos de buen amigo... seus tiros e as lembranças do sofá. Em casa ou na rua; naquela praça de guerra, não da paz celestial, eu não via general, tampouco hierarquia. Todos iguais e cada um optando pela marcha de seu rumo.

Eu quero trago, o aceno do lenço branco, e você insistirá com seus tiros? Não seremos inimigos, não seremos semente de discórdia alguma.

Sei que viemos do pó e ao pó voltaremos, mas eu só esperei a poeira baixar e ver que, sobre esta terra, eu quero a paz.

Por Cristiano Casado

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